Com essas dicas você moderniza sua indústria e aumenta a competitividade do seu negócio
Sam Walton, fundador do Walmart, com toda sua experiência e conhecimento em construir empreendimentos de sucesso e duráveis, certa vez disse que:
“Assim como a evolução natural, também vale para as empresas o pensamento que não são os mais fortes que sobrevivem e sim os que se adaptam mais rapidamente às mudanças.”
Quem diria que as teorias de Darwin expressam também a realidade do mundo dos negócios? O Darwinismo corporativo está ainda mais atual com a chegada da Indústria 4.0 e a tecnologia é o ambiente em que a sua empresa precisa se adaptar para sobreviver.
Segundo um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), nos últimos anos (2016 a 2018) o número de indústrias brasileiras que adotaram alguma tecnologia digital passou de 63% para 73%, dando os primeiros passos em direção à Manufatura Avançada.
O que você ainda está esperando para fazer parte dessa transformação? Nas próximas linhas, vamos explicar um passo a passo simples de como iniciar na Indústria 4.0.
Como já abordamos nesse post, vivemos a Quarta Revolução Industrial. Diferente da 3ª Revolução, em que a automação de processos trabalhava de forma individual, a Indústria 4.0 digitaliza e integra toda a cadeia de valor. A fábrica inteligente consegue aliar todas as atividades verticais e horizontais da companhia, desde o planejamento de produtos, fabricação, logística, serviços ao relacionamento com fornecedores e clientes.
Essa integração entre os setores da manufatura só acontece por meio de dispositivos móveis, plataformas IoT (Internet of Things), tecnologias de detecção de localização, interfaces avançadas homem-máquina, detecção e autenticação de fraude, impressão 3D, sensores inteligentes, big data, analytics e algoritmos avançados, realidade aumentada, computação em nuvem.
Benefícios para o seu negócio
Conheça as vantagens da Indústria 4.0 que resultam no crescimento da sua receita:
• melhoria de eficiência;
• redução de custos;
• aumento de receita;
• melhoria no uso de equipamentos;
• otimização do tempo de produção;
• redução de estoques;
• otimização do estoque;
• novas oportunidades de negócios;
• eliminação de desperdícios;
• aumento da segurança;
• visão em tempo real da variação de processos e produtos.
O Brasil enfrenta desafios tão grandes quanto a extensão de seu território para acompanhar o desenvolvimento tecnológico de outros países. Isso acontece porque, de forma geral, a nossa indústria mal havia chegado perto da 3ª Revolução Industrial quando teve que “pular” direto para a Era 4.0.
Apesar dos empecilhos da nossa realidade, você pode sim modernizar sua fábrica de acordo com as possibilidades do seu negócio. A melhor parte é que a sua marca não está sozinha nesse processo. O SENAI desenvolveu um projeto para ajudar empresas como a sua a ingressarem na Manufatura Avançada.
Vamos falar sobre cada uma das etapas apresentadas pela instituição para começar na Indústria 4.0.
1° passo: Maturidade digital
Antes de realizar qualquer mudança, você precisa descobrir qual é o grau de maturidade da sua indústria. Nesse texto explicamos melhor sobre o assunto, mas também há uma ferramenta elaborada pelo SENAI para te ajudar a descobrir em que estágio da transformação digital está sua empresa. Acesse a plataforma SENAI 4.0 aqui.
2° passo: Otimização
Após entender qual é o cenário digital da sua fábrica, é preciso mapear os processos da cadeia de valor. A partir do desenho completo de todas as fases produtivas, devemos identificar as atividades que funcionam adequadamente – para serem aproveitadas – e os gargalos do fluxo que necessitam de melhorias.
Analisar detalhadamente o chão de fábrica é fundamental para corrigir as falhas do processo. O método Lean Manufacturing é o ideal para melhorar o desempenho da cadeia produtiva, eliminando erros e desperdícios.
Aqui você aprende como realizar o mapeamento do fluxo de valor e nesse post você entende o que é Lean Manufacturing.
Outra métrica que pode ser usada para avaliar a performance da companhia é o Overall Equipment Effectiveness (OEE) ou Eficiência Global de Equipamentos. Essa ferramenta mede a eficácia de determinada máquina ou processo com base em três perguntas:
1. Com que frequência os meus equipamentos ficam disponíveis para operar?
2. O quão rápido estou produzindo?
3. Quantos produtos foram produzidos que não geraram refugos?
3° passo: Sensoriamento e conectividade
Depois de “arrumar a casa” e deixar todos os processos produtivos em ordem, alinhados e eficientes, está na hora de instalar sensores nas principais linhas de produção. Com esses dispositivos eletrônicos capazes de conectar objetos físicos, ambientes e máquinas, é possível coletar e trocar informações sobre a cadeia de valor em tempo real.
Veja como a TECNICON aposta em tecnologia de Internet das Coisas para otimizar a gestão industrial.
4° passo: Visibilidade e transparência
Agora que sua fábrica realiza o monitoramento correto de cada fase da produção, chegamos ao estágio que requer suporte na nuvem para gerenciar todos os dados de forma integrada.
5° passo: Capacidade preditiva
Seus processos estão organizados, os sensores realizam o monitoramento do fluxo e os dados são gerenciados na nuvem. O próximo passo é a aquisição de tecnologias mais avançadas, como Big Data e Inteligência Artificial, para realizar testes, simular possíveis cenários e prever erros ou falhas.
6° passo: Flexibilidade e adaptabilidade
Com a adoção dessas tecnologias, sua indústria já será capaz de encontrar e resolver problemas, atendendo com flexibilidade às mudanças nas demandas de novos produtos e serviços. Além da habilidade de personalizar seus materiais sem perder a qualidade e agilidade da produção.
Quando pensamos em modernizar a fábrica, a primeira preocupação pode ser com os custos de trocar todo maquinário. Mas, isso não é totalmente necessário. O mapeamento do fluxo de valor serve justamente para identificar o que apresenta bom desempenho e pode ser reaproveitado.
Atualizar as máquinas da sua indústria é uma ótima alternativa para economizar no processo de transformação digital. Primeiro, é preciso conectar os equipamentos antigos para, então, integrar os dados da produção com o software de ERP.
Alguns aspectos são indispensáveis para a indústria que quer integrar a era digital.
Interoperabilidade: capacidade que um sistema tem de trocar informações de forma clara e efetiva com outros sistemas.
Virtualização: versão virtual da fábrica que possibilita o acompanhamento em tempo real de todos os processos da cadeia de valor, por meio dos sensores instalados no pátio fabril.
Descentralização: a autonomia dos equipamentos permite que o maquinário resolva situações inesperadas. Com o trabalho em módulos e de forma descentralizada, a máquina ganha mais possibilidades do que apenas receber ordens, ela também transmite informações e toma decisões em tempo real.
Capacidade em tempo real: recolher e tratar de dados em tempo real para ajudar na tomada de decisão.
Orientação a serviço: utilização da computação em nuvem voltada para serviços, também conhecida como Internet of Services.
Modularidade: flexibilidade para alterar tarefas na cadeia produtiva e mudar o processo de fabricação de acordo com a demanda.
Ao adotar a Manufatura Avançada, mais do que modernizar a fábrica você está aumentando a competitividade da sua indústria e abrindo caminho para novas oportunidades de negócios. Exatamente: a digitalização amplia os horizontes da sua marca, por exemplo, com a personalização de produtos e a possibilidade de atuar em outros segmentos. Não deixe a sua empresa ficar ultrapassada e aproveite nossas dicas para ingressar na Indústria 4.0.