A não ser que você queira ser a Nokia do seu setor, é melhor prestar atenção às novas mudanças
“Esse é o telefone mais caro do mundo. E isso não apela para os clientes coorporativos porque não tem um teclado. O que não é bom para responder e-mails.
Nós vendemos milhões e milhões e milhões de telefones por ano e a Apple vende zero telefones por ano. Em 6 meses eles terão o telefone que, de longe, é o mais caro da história. E... vamos! Vamos ver onde a concorrência chega.”
Essa foi a reação de Steve Ballmer CEO da Nokia, ex-executivo da Microsoft, sobre o lançamento do iPhone em 2007. Ele estava muito seguro sobre a liderança da empresa no segmento e com suas estratégias de negócio. Como ele mesmo disse, vamos ver onde chegou a concorrência:
A não ser que você queira ser a nova Nokia, é melhor prestar atenção às novas mudanças da indústria e se adaptar a Era Digital. Seja rápido, a concorrente “Apple” já está no páreo e pode atropelar o seu negócio.
Afinal de contas, qual é a nova realidade da Indústria? Entender sobre Indústria 4.0 e a tecnologia que vai alavancar recursos e resultados da sua empresa é fundamental.
E não parou por aí, hoje vivemos a nova era industrial: Seja bem-vindo a Revolução Industrial 4.0.
O conceito vem de terras germânicas, foi anunciado durante a Feira de Hannover em 2011, uma parceria do governo alemão com empresas de tecnologia, universidades e centros de pesquisa do país. A Indústria 4.0 propõe conectar os processos da cadeia produtiva unindo equipamentos, sistemas e pessoas para criar redes inteligentes. Como tudo isso funciona na prática:
A velha imagem da fábrica tomada por operadores de máquinas responsáveis por inúmeros botões, é substituída por uma fábrica inteligente, autônoma e independente. Agora, os instrumentos são ligados à Internet das Coisas (IoT) com capacidade de obter e disseminar informações, agendar manutenções, prever riscos e se adaptar às mudanças inesperadas.
Além da IoT, esse modelo alia as principais inovações tecnológicas referentes a automação, controle e tecnologia da informação como: robótica avançada, novos materiais/materiais inteligentes, inteligência artificial, manufatura aditiva (impressão 3D) / híbrida, computação em nuvem e big data. São tecnologias habilitadoras para automatizar cada etapa da produção. No Brasil, grandes indústrias já aderiram a geração 4.0.
* Os robôs já invadiram as fábricas de montadoras de automóveis, produzindo em média 45 carros por hora.
* Para a fabricação de uma aeronave todo o projeto é digitalizado em perspectiva 3D, economizando de 80 mil a 100 mil desenhos que antes eram necessários para construir um avião.
A Indústria 4.0 é uma realidade irreversível – marcas do mundo inteiro estão repensando seus sistemas – e a Indústria Brasileira sabe que precisará adiantar alguns passos e adotar as tecnologias necessárias, se quiser ganhar competitividade e acompanhar o mercado mundial. Se você ainda não está preocupado em como vai atualizar a sua indústria, só digo uma coisa: lembre-se da Nokia!
Uma das maiores dificuldades do cenário industrial brasileiro, onde ainda encontramos maquinários ultrapassados, é a falta de informação dos próprios empresários sobre a implantação da digitalização.
Dados apresentados por uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria – CNI, em 2016, revelam que 42% das empresas desconhecem a importância das tecnologias digitais para a competitividade da indústria e mais da metade (52%) não utilizam nenhuma tecnologia digital das opções indicadas durante o estudo.
Enquanto isso, muitas empresas brasileiras têm desfrutado das vantagens da Industria 4.0, como redução de custos, aumento de segurança, conservação ambiental, redução de erros, fim do desperdício, transparência no negócios, personalização e escalabilidade. Veja outros exemplos de benefícios:
Economia de energia – a temperatura na Ambev nunca esteve tão agradável, com um sistema de automação para melhorar o controle de processos de resfriamento, agora a gigante das bebidas consegue reduzir a variação de temperatura evitando o desperdício de energia.
Tempo de produção – a Volkswagen Brasil ganhou agilidade na produção, tempo e novos postos de trabalho qualificados com a simulação de novos produtos em um ambiente 3D.
Novos mercados – a indústria alimentícia aproveitou a tecnologia para desenvolver o processo de ultracongelamento, que explora o segmento de comidas congeladas elaboradas e de alta qualidade. Além de realizar a distribuição para regiões mais distantes que não possuem estrutura para produzir os alimentos.
Boa notícia, os primeiros passos que são informação sobre o assunto e conscientização, você já conseguiu! Em seguida, é importante esclarecer que: isso não é uma coisa do outro mundo, complexa e exclusiva para conglomerados famosos. É uma questão de sobrevivência da sua marca e está cada vez mais acessível!
Alguns tópicos são fundamentais para as empresas se atualizarem no novo cenário tecnológico:
* Automatização da produção;
* Interoperacionalidade – equipamentos, dispositivos, sensores e pessoas conectados por meio da IoT;
* Virtualização de processos;
* Capacidade para adaptar a produção em tempo real;
* Sistemas modulares dos equipamentos de produção;
* Processos de produção descentralizados.
Para isso, você pode começar implantando na sua indústria hoje mesmo um sistema na nuvem, que integre todas as etapas da cadeia produtiva e departamentos da indústria.
Mais do que automatizar máquinas, a Indústria 4.0 busca automatizar a informação que circula por toda cadeia de valor. Promove a comunicação entre automação e TI, assim é possível coletar com eficiência e segurança os dados para enviar ao software de gestão.
A Revolução Industrial 4.0 é um caminho sem volta. Ela atende as exigências de um consumidor cada vez mais específico, produzindo em larga escala produtos personalizados. Além de garantir maior produtividade com mais eficiência e controle de todo o processo, independentemente do segmento do negócio.